A descrição desta espécie, feita inicialmente por Jose Luis Perez-Chiscano em 1988 como S. viridis, foi posteriormente alterada por Acedo em 1990 para S. perez-chiscanoi, dado existir uma espécie com o mesmo nome no Brasil.
Quer Perez-Chiscano quer Acedo referem-se a esta espécie como "la serapia verde", ou seja, referindo-se à cor verde clara, esbranquiçada ou amarelada do talo, folhas e flores.
Mas a descoberta de novas populações da mesma espécie, quer em Espanha, quer em Portugal, veio acrescentar a questão da coloração avermelhada parcial ou completa de algumas flores. Esta questão tem sido estudada, entre outros, por Caspar Venhuis.
Existem, na Serra de Sicó, em coexistência com exemplares do tipo "normal", outros em que o exterior do hipoquilo é avermelhado, outros ainda em que toda a flor é vermelha escura.
Estes exemplares estão descritos em "Distinguishing colour variants of Serapias perez-chiscanoi (Orchidaceae) from related taxa on the Iberian Peninsula" (http://rjb.revistas.csic.es/index.php/rjb/article/viewFile/357/351), sendo apresentadas em seguida algumas fotografias.
Alvito
Serra de Sicó
Serra de Sicó
Quanto à distribuição desta espécie, que originalmente (Tyteca, 1998) estava confinada em Portugal a uma certa zona do Alentejo, foram entretanto encontrados diversos exemplares em outras áreas do País, além da Serra de Sicó - São João da Pesqueira, Alvito, e Abrantes.